Oriental, grisalho, óculos escuros, 1,70m. Newton Ishii, 60 anos, virou um dos personagens mais falados da Operação Lava-Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras. Sempre ali, de “papagaio de pirata” nas imagens de prisões de políticos e empresários renomados, a figura do Japonês da Federal virou até boneco de Olinda. O chefe do Núcleo de Operações da Polícia Federal de Curitiba não consegue entender o que aconteceu. “É o meu trabalho. Tem colegas que participaram até de mais prisões que eu, mas virei o rosto da Lava-Jato”, disse ao Correio Braziliense.
Apesar de se divertir com a fama, o policial, nascido em Carlópolis (PR), está cansado e pensa em se aposentar em maio, quando lhe será permitido por lei. Aos 60 anos e dono de uma trajetória difícil, Newton quer se dedicar mais à filha. Filho de pai japonês e mãe nissei (segunda geração de imigrantes), o Japa da Federal só foi ao Japão uma vez, quando levou a neta para visitar o filho que trabalhava lá.
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