No universo dos chefes de Estado, ele é o rei do carisma. Tira de letra entrevistas e discursos, canta, dança e conta piadas. Depois de Barack Obama ter cativado o eleitorado norte-americano com a inspiradora mensagem “Sim, nós podemos”, o próximo morador do número 1.600 da Avenida Pensilvânia, em Washington, terá dificuldades, caso queira acompanhar o magnetismo do democrata. Enquanto Obama encerra seus oito anos de governo com cerca de 50% de aprovação entre os americanos — pouco comum para o fim de dois mandatos consecutivos —, quem quer que seja seu sucessor fará a mudança para a Casa Branca carregando na bagagem altos índices de rejeição.
Em meio a todas diferenças que os separam, a democrata Hillary Clinton e o republicano Donald Trump se convergem nos mais de 50% de norte-americanos que têm impressão negativa sobre ambos (veja o gráfico). Barbara Kellerman, diretora do Centro para Liderança Pública da Universidade de Harvard, observa que os altos índices de rejeição dos dois principais concorrentes à Casa Branca podem tornar o início de um novo governo mais complicado do que em anos anteriores.
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