Moradores de Sinop (a 418 quilômetros de Cuiabá) foram
surpreendidos nesta quinta-feira (26) com um caminhão com sistema de som que
dizia para a população voltar a trabalhar, "atendendo um pedido do
presidente Bolsonaro". No mesmo dia, a prefeita do Município, Rosana
Martinelli (PL), anunciou que segue as orientações do Governo de Mato Grosso
estabelecidas em um novo decreto, mas alerta: “saia de casa apenas nos casos de
extrema necessidade”.
"O nosso presidente pediu, pessoal! Vamos voltar a
trabalhar. O agronegócio precisa, o comércio precisa. Nós estamos aqui dando
continuidade às ações do nosso presidente. O Brasil não pode parar",
argumentava o locutor. Bolsonaro teve 77% de votos no município, nas eleições
de 2018.
Após discurso do presidente em rede nacional, Mauro Mendes
optou por manter o fechamento de parques, cinemas e igrejas, porém permitiu a
abertura e funcionamento de shopping centers, mercados e serviços funerários
para manutenção da economia. Em coletiva de imprensa, o governador ainda disse
que os prefeitos deveriam justificar as medidas tomadas nos seus respectivos
municípios.
Rosana Martinelli afirmou que Sinop seguia as recomendações
do Ministério da Saúde que alertava para o isolamento social de 15 dias.
“Enquanto prefeita, criei o Gabinete de Situação para
agirmos. Desde então, seguimos as orientações da Organização Mundial de Saúde
(OMS) e do Ministério da Saúde, sempre mantendo diálogo com os governos Federal
e Estadual, sempre pensando na saúde do cidadão sinopense e na preservação da
nossa economia”, disse.
Segundo ela, não havia qualquer orientação clara e
específica por parte do Governo do Estado quanto à economia. “Foi preciso
coragem e responsabilidade para tomar decisões que afetam diretamente a vida de
todos nós sinopenses, enquanto não havia qualquer orientação clara e específica
por parte do Governo do Estado quanto à economia. Consultamos médicos e
especialistas da saúde. Mantive diálogo aberto com as entidades, associações,
segmentos sociais e empresariais e também com o povo, pensando na saúde e na
economia. Nenhuma das nossas decisões foi tomada de forma isolada. A nossa
gestão sempre foi e será compartilhada”, pondera. Fonte: Olhar Direito
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