A alta no número de mortes em Mato Grosso ao longo de março provocou um fenômeno inesperado: a aproximação recorde entre a quantidade de nascimentos e de óbitos no Estado. Foi a menor diferença entre esses números desde 2003, quando teve início a série histórica do Registro Civil.
Ao longo de março, nasceram 4.526 mato-grossenses ao passo em que 2.514 morreram. Uma diferença de 80% que representa uma redução (na diferença entre os dois indicadores) de 108% ao longo do último ano, ou seja, desde o início da pandemia da covid-19.
Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil, uma base de dados abastecida em tempo real e administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil). Eles foram cruzados os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.
A diferença entre a quantidade de nascimentos e mortes já vinha caindo ao longo do tempo, mas acelerou vertiginosamente com a pandemia.
Em 2003, no início da série história, esta diferença era de mais de 280%. Ela caiu para 230% na década de 2010 e abriu 2020 na casa dos 180%. Em julho – quando Mato Grosso passava pelo primeiro pico da pandemia da covid-19 – a diferença chegou a 94%. Agora atingiu a casa dos 80%.
Cenário nacional
Quando se trata de Brasil, os números são ainda mais relevantes. A alta no número de mortes também reduziu a diferente entre nascimentos e óbitos e o percentual chegou a 27% em março.
Isso quer dizer que, enquanto nasceram 227.877 brasileiros, outros 179.938 faleceram.
A redução em relação aos números de março de 2020, neste caso, foi de 72%. Um resultado também histórico.
Fundada em setembro de 1993, a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) representa a classe dos Oficiais de Registro Civil de todo o País. A categoria é responsável pelos serviços de registro de nascimento, casamento e óbito.
(Com Assessoria)
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