Em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, o presidente (sem partido) se disse ansioso para decidir a próxima filiação partidária. Bolsonaro está sem partido desde novembro de 2019, quando se desentendeu com o comando do PSL, sigla pela qual foi eleito.
No Alvorada, um apoiador pediu para indicar um nome para o partido ao qual o presidente vai se filiar, ao que ele respondeu: “Partido sendo meu, eu aceito a indicação tua, se for meu o partido. Ninguém quer entregar o osso para a gente, querem entregar só o casco do boi, nenhum ossinho com tutano querem dar para a gente”.
Na semana passada, em agenda com o senador Ciro Nogueira (PP-PI), Bolsonaro admitiu a possibilidade de regressar ao Progressistas (PP), partido ao qual foi filiado quando era deputado federal.
Em entrevista ao Metrópoles em abril, o senador Ciro Nogueira considerou pequenas as chances de retorno do mandatário à legenda, dado que o próprio presidente admitiu querer controle do partido ao qual vai se filiar.
Bolsonaro saiu do PSL ainda no primeiro ano de mandato, após desentendimentos com a cúpula do partido. Até hoje, o partido segue rachado entre bolsonaristas e não bolsonaristas.
Logo após deixar o PSL, o chefe do Executivo começou articular a criação de uma agremiação própria, o Aliança pelo Brasil. Entretanto, como não conseguiu reunir o número mínimo de assinaturas para registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele busca acordo com outras legendas.
Estar em um partido é obrigatório para concorrer às eleições no país. Para disputar um cargo eletivo, é preciso estar filiado seis meses antes do pleito.
Metrópoles
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