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Para minimizar "tragédia educacional em Mato Grosso", Seduc anuncia retorno das aulas presenciais

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Por Dorjival Silva

O secretário de Educação de Mato Grosso, Alan Porto (FOTO), anunciou na tarde desta quinta-feira (20) a retomada das aulas na rede estadual na modalidade híbrida. Em entrevista à imprensa, o gestor declarou que a decisão visa minimizar a 'tragédia educacional' gerada pela crise da covid-19 no Estado.

D acordo com o gestor, a decisão tem respaldo da Secretaria de Estado e Saúde e vai seguir uma nota técnica elaborada em conjunto com a pasta. O gestor também "minimizou" as declarações do secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo, que alertou os mato-grossenses para uma terceira onde do novo coronavírus.

"Agora gente, a tragédia na educação, ela é gigantesca. Vocês viram aí o secretário Rossieli, o ex-ministro de São Paulo, falando que a educação lá em São Paulo retroagiu 14 anos. Como que vai ser feito a recuperação disso? Tem que ser feito com responsabilidade, com segurança, mas nós precisamos dar um passo adiante", disse.

De acordo com a definição, do dia 31 de maio a 04 de junho será realizada a semana de acolhimento aos professores e alunos. A partir do dia 07 de junho, iniciam as aulas e o revezamento entre os estudantes. Nesta primeira semana, os estudantes serão divididos em grupos e irão às aulas em dias alternados (50% cada dia). Do dia 07 a 11 de junho, o Grupo A vai assistir aula presencial e o Grupo B aula de forma não presencial (online e por apostilas). Na semana seguinte, do dia 14 a 18 de junho, os alunos do Grupo B farão aula presencial e os do Grupo A aula não presencial.

"Se uma escola tem 30 alunos, vai funcionar com quinze e de forma de revezamento. E outra, a gente falar que as aulas remotas está suprindo a necessidade, vocês são os pais que estão aqui, vocês têm filho na escola, e estão vendo que não está funcionando", complementou.

Segundo o secretário, o retorno às atividades presenciais poderá ser suspenso a qualquer momento, diante da situação epidemiológica de cada município. As escolas da rede estadual devem seguir as recomendações sanitárias vigentes do município onde estão localizadas. Se forem mais restritivas, com base em decretos, as aulas devem ser suspensas. 

"Ah, uma criança, um estudante, apresentou algum sintoma, um professor apresentou algum sintoma, tem um plano de contingência, onde que ele vai ter que procurar uma unidade de saúde pra efetivar o teste", explicou. 

Divergências

Durante a reunião com a Seduc, o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) se manifestou contrário ao retorno das atividades presenciais nas escolas. A entidade ameaça iniciar uma grave caso o governo não recue da decisão.

 Na última semana, o Estado anunciou que vai iniciar a vacinação contra a Covid-19 dos trabalhadores da Educação após o término da imunização dos profissionais da Segurança Pública. A imunização da categoria, era a principal exigência do Sindicato para retomada das atividades presenciais e agora também exige a vacinação dos alunos que estejam haptos a receberem o imunizante.

A líder do Movimento Escolas Abertas Cuiabá, Francielle Claudino Brustolin, criticou a postura da entidade. "É uma esperança de retorno de forma segura. Estamos apoiando o governo nessa decisão e representamos mais de 4 mil pais e mães que estão nessa caminhada pleiteando pelo direito à educação dos nossos filhos. A gente viu hoje a polarização absurda do Sintep que trouxe dados mentirosos a respeito de mortes de crianças. A gente vê isso com muita tristeza porque é uma tentativa da instituição de barrar nossos filhos de retornar as aulas", pontuou. 

Nota técnica

Pela nota, são considerados aptos para o retorno presencial, no sistema híbrido, alunos e profissionais que não pertençam a grupo de risco, não apresentam sintomas da doença e não estão ou tiveram contato com alguém comprovadamente ou com sintomas da Covid-19 nos últimos 14 dias.

Professores, demais servidores da educação e alunos foram divididos em quatro grupos sendo que apenas os inseridos no grupo 4 são considerados aptos a retornarem às atividades presenciais.

Grupo 1: professor do grupo de risco não volta até que seja vacinado com as duas doses.

Grupo 2: Se o servidor estiver com sintomas ou com covid permanece suas atividades de forma remota.

Grupo 3: Fazem parte do grupo 3 profissionais e alunos assintomáticos, mas que estiveram em contato no ambiente familiar ou fora do ambiente escolar com alguém comprovadamente transmissor da Covid-19 ou está convivendo com um familiar com sintomas da doença.

Grupo 4: Profissionais e alunos aptos ao retorno das atividades presenciais. São os que não se classificam em nenhum dos 3 grupos anteriores, ou seja, não pertencem ao grupo de risco, não apresentam sintomas da doença e não estão tiveram contato com alguém comprovadamente ou com sintomas da Covid-19. Com informações do GD

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