Bloom afirma que as 13 sequências parciais que conseguiu reconstruir apresentam mutações que sugerem que o vírus já circulava em Wuhan antes do surto de dezembro de 2019 no mercado de Huanan. Sua polêmica pesquisa, que ainda deve ser revisada por outros cientistas, destaca três mutações presentes nos coronavírus do mercado, mas ausentes das sequências resgatadas agora e nos vírus de morcego relacionados com o SARS-CoV-2. Alguns especialistas acreditam que essa nova informação é fundamental. O geneticista Rasmus Nielsen, da Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA), afirmou nas redes sociais que “estes são os dados mais importantes sobre a origem da covid-19 em mais de um ano”.
Outros especialistas, como o geneticista Fernando González Candelas, são muito mais céticos. “[Bloom] faz muito barulho com poucas provas, tudo para concluir que a pandemia não começou no mercado de Wuhan, o que já sabíamos, e que o vírus circulava antes do que foi dito, como ocorre sempre numa nova epidemia”, afirma González Candelas, professor da Universidade de Valencia (Espanha). “Apagar sequências de uma base de dados não é habitual, mas será preciso ver por que isso foi feito. Se quiserem especular, essa é uma boa arma para qualquer teoria da conspiração.” Com informações do espanhol El País.
0 Comentários