O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou ontem a CPI da Covid, dizendo que a comissão é integrada por “sete pilantras” que não querem investigar quem recebeu o dinheiro, referindo-se aos governadores, mas apenas quem enviou recursos.
“Lamentavelmente o Supremo decidiu pela CPI e decidiu também que governadores estão desobrigados a comparecer a mesma. Querem apurar o quê? No tapetão não vão levar”, disse o mandatário, durante um discurso feito em Chapecó (SC), onde participou de uma ‘motociata’ com apoiadores.
Na última quinta-feira (24), o STF formou maioria para liberar de comparecimento obrigatório os nove governadores chamados a falar à comissão.
“Não adianta provocarem e inventarem, querer nos caluniar, nos atacar 24 horas por dia porque não conseguirão. Só uma coisa me tira de Brasília: é o nosso Deus. Não vão ganhar no tapetão ou inventando narrativas”, disse Jair Bolsonaro.
Sem citar nominalmente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o mandatário disse que “tiraram um vagabundo da cadeia, tornaram esse vagabundo elegível, querem agora torná-lo presidente pela fraude”. Uma pesquisa do Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), ex-Ibope, apontou que o petista tem 49% das intenções de voto e Bolsonaro, 23%.
O presidente voltou a questionar a segurança das urnas eletrônicas. Bolsonaro, políticos aliados e apoiadores têm lançado o discurso de desconfiança sobre a segurança dos equipamentos. Eles defendem a adoção do voto impresso — um comprovante impresso da votação na urna eletrônica — e afirmam que, sem a mudança, a eleição de 2022 não será confiável.
“Tem eleições ano que vem e se Deus quiser, com o apoio do parlamento, (teremos) o voto auditável. Vamos botar um fim, no mínimo, na sombra da fraude que deve acontecer com toda certeza a cada eleição”.
UOL com informações da Ansa e Estadão Conteúdo
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