O Ministério da Saúde da Argentina abriu uma licitação para a compra de 10 mil pênis de madeira polida para serem utilizados em campanhas de saúde e prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), noticia o jornal La Nación (veja aqui).
O processo de compra, porém, gerou muita crítica no país pelo fato de ter sido feito em um momento de pandemia de Covid-19. A aquisição dos itens, que inclui também maletas e dispensers de preservativos, foi autorizada por um valor total estimado de 13 milhões de pesos, ou cerca de R$ 690 mil.
Ainda de acordo com o jornal argentino La Nación, três empresas se candidataram para entregar os itens de madeira. Dois participantes da licitação indicaram que os produtos são importados e um que é de produção nacional. As ofertas variam de 498 pesos (R$ 26,49) a 1.430 pesos (R$ 76,08), por unidade, no caso das importadas, e no meio está a de produção nacional, que sairia por 882 pesos (R$ 46,92).
A secretária de Acesso à Saúde do governo argentino, Sandra Marcela Tirado, indicou através de uma resolução, com data de 24 de junho, que a compra dos insumos “permitirá assegurar uma ampla disponibilidade de materiais de promoção cuja finalidade seja conscientizar e evitar a propagação de enfermidades de transmissão sexual”.
Os detalhes da compra aparecem no Portal de Compras Públicas da Argentina. Segundo os dados, trata-se da aquisição de 10 mil maletas de propileno de cor turquesa; 10 mil dispensers de preservativos; e 10 mil unidades de pênis de madeira polida.
Questionado pelo La Nación, o Ministério da Saúde argentino afirmou que fundamentado em “estudos preliminares que revelam uma deterioração nos indicadores relacionados às doenças sexualmente transmissíveis durante a pandemia”, a pasta decidiu abrir o processo de aquisição dos itens.
– A situação atual em nosso país em relação à transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, como a sífilis, mostra um aumento dos diagnósticos, principalmente nos casos de adolescentes e jovens. Tudo isso determina a necessidade de políticas de prevenção em Saúde Sexual – afirmou o comunicado.
Com informações de Pleno News e La Nación
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