Autoridades de saúde do Chile decidiram aplicar 3ª dose de vacina nas pessoas que tomaram as duas doses da CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac. O anúncio foi feito pelo presidente Sebastián Piñera nessa 5ª feira (5.ago.2021).
De casa, onde cumpre quarentena depois de voltar de viagem ao Peru, Piñera disse que a aplicação do reforço começará na próxima 4ª feira (11.ago). O calendário foi organizado por idade, começando com os maiores de 86 anos.
Segundo a subsecretária de Saúde, Paula Daza, somente pessoas que tomaram a Coronavac precisarão receber 3ª a dose. Cerca de 90% da população tomou a vacina chinesa.
Daza explicou que está sendo realizado um estudo para verificar se as pessoas imunizadas com a vacina da Pfizer também precisarão da dose de reforço.
De acordo com o La Nación, com informações do ministro da Saúde, Enrique Paris, para a dose de reforço, será usado o imunizante da AstraZeneca.
Piñera também anunciou que aguarda autorização do Instituto de Saúde Pública para vacinar crianças de 3 a 11 anos. O país quer imunizar 15,2 milhões dos seus 19 milhões de habitantes.
Segundo dados do Our Word in Data, até 2 de agosto de 2021, cerca de 65% da população chilena já tinham completado o esquema vacinal, enquanto cerca de 8% tinham tomado só a 1ª dose. Ao todo, quase 72,5% dos residentes no Chile já tinham tomado ao menos uma dose de imunizante anticovid.
Na 4ª feira (4.ago.2021), a OMS (Organização Mundial da Saúde) fez um apelo aos países para adiarem a distribuição da dose de reforço até o final de setembro. O objetivo da organização é facilitar a chegada de imunizantes a nações mais pobres.
“Não podemos aceitar que os países que usaram a maior quantidade de vacinas ainda usem mais vacinas, enquanto as pessoas mais vulneráveis em outras partes do mundo permaneçam desprotegidas“, disse o CEO da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
A meta da organização é que pelo menos 10% da população mundial esteja totalmente imunizada até o final de setembro, 40% até o final do ano e 70% até meados de 2022.
Cerca de 29,6% da população mundial receberam pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19 e 15,2% estão totalmente imunizadas. Em países de baixa renda, os números despencam para 1,1% com pelo menos uma dose.
Ao ser questionada sobre a orientação da OMS, Daza respondeu que o Chile quer “reduzir a possibilidade de contágio“. “Estamos sempre analisando as recomendações e, obviamente, a possibilidade de cooperar com outros países latino-americanos“, completou. Ela citou ainda que o país doou 20 mil doses de vacinas ao Equador e Paraguai no começo deste ano.
Com o avanço da vacinação, o Chile vem observando uma queda acentuada do número de infectados e mortos. A média de novos casos nos últimos 7 dias no país foi de pouco mais de 1.000 por dia.
Poder 360
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