O presidente Jair Bolsonaro prometeu uma bomba e ela veio em forma de um relatório da Polícia Federal que expôs que as urnas eletrônicas não são invioláveis, como a Justiça Eleitoral quer pregar. Nesse relatório, há ofício do próprio Tribunal Superior Eleitoral confirmando que quatro urnas eletrônicas foram invadidas em 2018, ano da eleição do presidente.
O ofício foi enviado para o delegado da Polícia Federal Victor Neves Feitosa Campos, citando copias de quatro urnas eletrônicas que foram invadidas, sendo uma delas no Rio Grande do Norte. “Trata-se de encaminhar disco rígido contendo artefatos envolvidos em incidente de segurança ocorrido na rede da Justiça Eleitoral, que abriu precedente para que pessoas alheias à rede desta Justiça Especializada tivesse acesso a dados sensíveis”, aponta o ofício, acrescentando que entre os fatos contudos no HD enviado, está “cópia da máquina virtual do TRE-RN que foi invadida durante o evento”.
O documento foi assinado pelo secretário de tecnologia da informação do TSE, Giuseppe Dutra Janino, no dia 30 de novembro de 2018, às 19h42.
Esse, inclusive, não é o único ofício enviado para o delegado sobre “incidente de segurança ocorrido na rede da Justiça Eleitoral”. Naquele mesmo ano, mas no dia 3 de dezembro, às 16h39, foi assinado outro ofício, com “pendrive e HD externo contendo artefatos envolvidos no incendente de segurança e, além disso, “relatório circunstanciado dos incidentes ocorridos em abril e setembro de 2018” e, novamente, “cópia da máquina virtual do TRE-RN”.
Gustavo Negreiros
0 Comentários