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357 cassados por compra de votos

Pelo menos num aspecto não se pode dizer que a Justiça Eleitoral é omissa. Após as eleições municipais de outubro do ano passado, essa mesma Justiça Eleitoral já cassou 357 políticos que estavam no exercício de mandatos, pois todos eles, comprovadamente, compraram votos para se eleger. Deste total, 233 deles foram prefeitos e vice-prefeitos.

O restante (119) são vereadores que perderam o mandato por decisão judicial. O quantitativo de cassações no ano passado é 14 por cento maior do que a soma de cargos perdidos depois das eleições de 2004 a 2008. Verifica-se, então, que há um progresso evidente.

Imaginemos que no ano de 2008 foram cassados 95 prefeitos, vices e vereadores. Na eleição seguinte esse número aumentou para 215. Fazendo-se um somatório dos três últimos pleitos realizados, nada menos do que 667 políticos com atuação municipal foram cassados por decisão judicial.

Esses números conhecidos ontem foram divulgados pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, uma iniciativa encabeçada por 40 entidades de classe, tais como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Essa pesquisa foi realizada em março passado e abrangeu 2.503 Zonas Eleitorais, o que corresponde a quase 84 por cento do total de votantes do País. Mas, a própria Justiça Eleitoral adverte: o número de cassados pode aumentar, pois existem cerca de 4 mil casos pendentes de julgamento no Brasil.

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