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A verticalização ainda é polêmica

Por Rubney Brito

Desde sua criação por lei da justiça federal, em 1997, a verticalização partidária exige que as siglas atuem em comunhão nas eleições presidenciais e estaduais, como é o caso das eleições majoritárias de 2010.

No entanto, a polêmica sobre as alianças nos Estados ainda é o centro das atrações nos possíveis palanques partidários armados para as eleições deste ano em todo o país.

Passada a fase para a escolha dos pré-candidatos ao governo de Mato Grosso, por exemplo, nos deparamos com as incertezas das indicações dos candidatos a vice-governador nas chapas majoritárias, ou seja, Silval Barbosa (PMDB), Wilson Santos (PSDB) e Mauro Mendes (PSB).

É sabido que, o vice para esses pretensos candidatos a governador deve ser indicado de partidos aliados, que também devem tomar cuidado com a regra da legislação eleitoral: a verticalização dos partidos.

O mais evidente no momento é o caso do PSB local. A agremiação ainda não afinou seu projeto de candidatura de Mauro Mendes com as diretrizes do PSB nacional, que deve seguir com o PSDB nacional, numa clara obediência à verticalização partidária.

Na verticalização, o eleitor vota no presidente da República, e, neste caso, ele é ainda obrigado a votar em um candidato do mesmo partido no governo do estado. Sem a verticalização, o eleitor pode, por exemplo, votar no PSDB e apoiar o PT de Dilma para presidente. Mas o PT não precisa, obrigatoriamente, apoiar o PSDB em Mato Grosso.

Por enquanto, o PMDB e o PSDB, ao que parece, ainda não estão mergulhados nesse conflito partidário. Correndo por fora, o PP tem à frente o deputado estadual José Riva e os federais, Pedro Henry e Eliene Lima. Os progressistas não têm candidatura própria nacional e nem estadual e fazem parte dos partidos aliados do PT e do PR aqui no estado.

Riva já adiantou na mídia que, apesar das resistências na articulação política, não veta ninguém e afirma que o PP está aberto para negociações com todos os pré-candidatos. Por outro lado, as iniciativas municipalistas de Riva credenciaram o PP junto ao PMDB de Silval Barbosa, PSDB e até o DEM na possibilidade de aglutinarem forças em direção ao Palácio Paiaguás.

Sem se preocupar com a verticalização, o PP pode fazer a diferença nas eleições deste ano. A liderança do deputado José Riva comprova qualquer projeção no atual contexto político. Sem dúvida que o PP será o fiel da balança em 2010.

O PRP, por sua vez, também vive uma situação tranquila estadual e nacionalmente. A sigla atua com o PT, PMDB e demais siglas em apoio ao governo federal que tem candidatura própria. As candidaturas do PRP são apenas para os cargos de deputado estadual e federal.

Portanto, é bom que as agremiações fiquem atentas às articulações de apoio aos pré-candidatos à majoritária estadual.

Rubney Brito é bacharel em Direito e presidente regional do PRP

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