Header Ads Widget


A luta dos médicos é justa, urgente e necessária

Os médicos de todo o país aproveitam o Dia Mundial da Saúde, hoje, para protestar contra a crise no sistema de saúde suplementar.

Os homens de branco paralisam as atividades, garantindo apenas atendimento de urgência e emergência aos pacientes com carteirinha.

O grito ecoa em protesto aos baixos valores dos honorários pagos pelos planos de saúde e pela interferência na autonomia profissional.

Pesquisa do Datafolha publicada recentemente revela que oito em cada dez médicos sofrem pressões das empresas de planos de saúde para reduzir pedidos de exames e internações e para antecipar altas, entre outros problemas.

A luta dos médicos é justa, urgente e necessária. Agora, a categoria precisa e deve fazer autocrítica de sua atuação, principalmente no atendimento ao cidadão que paga caro pelo sistema de saúde suplementar, sem receber a devida atenção.

Tornaram-se comuns – e não deveriam – os casos em que os pacientes com plano de saúde são encostados na fila de espera, porque os médicos dão prioridade aos pacientes que pagam em dinheiro (à vista) pelo atendimento.

Quem já não ouviu a atendente perguntar: é pelo plano ou em dinheiro? A consulta é marcada de acordo com a modalidade. Pelo plano, só há vaga em 20 ou 30 dias.

Em dinheiro, o médico atende no mesmo dia. Em determinadas clínicas, a fila de pacientes com planos de saúde chega a ser maior do que a fila do sistema de saúde pública – o SUS.

Isso é condenável. Se as pessoas pagam caro pelo atendimento, que sejam atendidas. Se o médico não está satisfeito com os honorários, deixe a empresa ou cooperativa, para que seu nome seja excluído do “cardápio” distribuído aos pacientes.

O que não pode é se negar a atender ou priorizar quem paga o atendimento com dinheiro “vivo”. O debate é urgente e necessário. O Dia Mundial da Saúde poderia ser melhor aproveitado.



Postar um comentário

0 Comentários