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Câmara afasta prefeito para investigar fraudes; população faz passeata

Câmara afasta prefeito para investigar fraudes; população faz passeata
Edilson Almeida
Redação 24 Horas News

 
O prefeito de Tangará da Serra pelos próximos 90 dias será José Jaconias da Silva. Esse período pode ser ampliado caso a nova Comissão Especial de Investigação (CEI) não consiga concluir a apuração de mais duas fortes denuncias contra Júlio Cesar Ladeia: fraudes com recursos do programa “Projovem Trabalhador”, do Governo Federal, e também irregularidades na administração dos recursos do Fundo de Reequipamento do Corpo de Bombeiros (Funrebom). A decisão da Câmara Municipal foi quase unânime entre os vereadores: 9 a 1 – único voto contra foi do vereador Roque Fritzen (PDT).

A votação foi acompanhada por 200 pessoas dentro do prédio do Legislativo de Tangará. Porém, fora, de acordo com cálculos da Polícia Militar, mais de 1.200 pessoas aguardavam ansiosas pela decisão dos vereadores. Ao ser anunciado o resultado de 6 a 0, os populares festejaram e, na conclusão da sessão, saíram em passeata pelas ruas das imediações do prédio, comemorando o afastamento. Ladeia enfrenta hpa anos uma dura impopularidade por conta de sucessivos escândalos políticos e administrativos e também de gestão.

O afastamento de Júlio César Ladeia não chega a surpreender. O prefeito enfrenta já uma investigação relacionado a  pagamentos indevidos ao  Instituto Idheas, organização contratada e avalizada na Câmara por maioria, em outubro de 2009, na qual se constatou desvio de dinheiro público – o que levou a saúde pública do município ao caos e vários membros da administração municipal para a prisão.

Detalhamento do escândalo da saúde, como o caso é conhecido em Tangará da Serra, se revelou profundo e devastador. Nas contas da oscip contratada por Ladeia, por onde teriam sido drenado o dinheiro do contribuinte, se constatou notas e cupons fiscais de compras de cerveja, azeitonas e roupas. Numa nota emitida por uma loja de roupas infantis de Cuiabá, aparece uma observação: “filho do Júlio” – supostamente do prefeito Júlio César Ladeia.

No período em que vigorou o contrato, a Prefeitura de Tangará repassou a Idheias um  total de R$ 4,2 milhões a título de gerenciamento das unidades de saúde e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A oscip nunca prestou contas à administração municipal e à Câmara, tampouco ao Conselho Municipal de Saúde, ao Ministério Público e muito menos à sociedade em geral, sobre a aplicação dos recursos que lhe foram repassados pela municipalidade.

Além do desfalque apurado, o instituto conseguiu “jogar” para o Município mais  R$ 1,3 milhão  de dívidas trabalhistas a profissionais que atuaram na parceria sob vínculo com a entidade.

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