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A reforma política sai ou não sai?

O assunto está na pauta do dia, por força da pressão pública, que exige profunda mudança para acabar com as distorções da atual legislação político-eleitoral. Condenável continuar com um modelo esgotado, falho, incompleto e que necessita, a cada eleição, receber emendas da Justiça Eleitoral, modificando as regras em dois e dois anos.

Mas, será que o Congresso Nacional está pronto ou interessado para fazer a verdadeira reforma? Pouco provável. Essa é uma tentativa antiga, que sempre esbarrou nos interesses individuais ou dos grandes partidos. Cada um, governo e oposição, defende o que melhor lhe convém.

Ontem, o ex-presidente Lula reuniu em São Paulo os presidentes de partidos de esquerda, como PT (Rui Falcão), PC do B (Aldo Rebelo) e PSB (Eduardo Campos), para arrumar a forma como o projeto de reforma política deve ser tratado no Congresso pelos governistas.

Certamente, defenderão apenas questões pontuais que são favoráveis aos seus planos. A oposição faz o mesmo. PSDB, DEM e PPS vão lutar pelos seus interesses. Assim será. E o tecido social, como fica? Não seria o correto debater a reforma política com a sociedade? Seria.

Daí, é preciso desburocratizar a reforma política, levar o debate para o seio da sociedade, permitindo a participação direta do cidadão. No entanto, é pouco provável que isso venha a acontecer. A perceptível falta de interesse da classe política alimenta a desconfiança.

O bom senso sugere esperar apenas mudanças pontuais, para atender aos inquilinos da política brasileira. Ou, no máximo, a alteração de regras eleitorais promovidas pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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