Altair Ribeiro de Oliveira
Graduado em licenciatura
plena em matemática pela universidade de Várzea Grande-UNIVAG, no ano de 2007.
Com experiências como educador, desde 2003.
RESUMO:
Este artigo focaliza as ações do
projeto horta pedagógica, desenvolvido na escola Estadual Antonio Casagrande.
Este trabalho tem a função de mostrar a inclusão social do educando de forma Transdisciplinar,
levando-o a perceber os diversos conhecimentos do currículo presente no projeto
horta pedagógica.
PALAVRAS-CHAVE: Educação. Horta escolar. Transdisciplinaridade.
As
experiências vivenciadas neste projeto da Horta escolar, objetivamos um grande
envolvimento de toda comunidade escolar, dentre eles alunos, professores, coordenadores
e direção. Este projeto tem contribuído para uma reeducação alimentar e
ambiental, principalmente na aplicação dos conceitos das disciplinas inseridas
no processo ensino aprendizagem. Conforme Veloso (2008):
O Projeto
"Educando com a Horta Escolar" parte do entendimento de que, por meio
da promoção da ação escolar e de uma educação integral dos educando, é possível
gerar mudanças na cultura da comunidade no que se refere à alimentação, à
nutrição, à saúde e à qualidade de vida de todos, sobretudo, tendo a horta
escolar como o eixo gerador de tais mudanças. Nesse entendimento, a horta na
escola é uma estratégia viva, capaz de:
•Promover
estudos, pesquisas, debates e atividades sobre as questões ambiental, alimentar
e nutricional;
•Estimular
o trabalho pedagógico dinâmico, participativo, prazeroso, inter e
transdisciplinar;
•Proporcionar
descobertas;
•Gerar
aprendizagens múltiplas;
•Integrar
os diversos profissionais da escola por meio de temas relacionados com a
educação ambiental, alimentar e nutricional. (VELOSO, 2008, p.9
Na matemática,
por exemplo, nos apropriamos dos conceitos de escalas, planta baixa, áreas,
perímetros, volume dos canteiros, lucro médio dos produtos, instigando-os a
utilizá-la com uma fonte de renda extra ou como fonte de própria subsistência.
Reconhecer a interdependência dos diversos
elementos que compõem a realidade e que a apreensão desse todo implica uma
comunicação profunda entre os diversos saberes – científico (e suas várias
áreas), cultural e vivencial das pessoas – é a base conceitual para tratarmos
da transversalidade da temática ambiental. Estamos falando, então, em aprender sobre
a realidade e com base na realidade, ou seja, sobre as questões da vida
cotidiana, sobre como o conhecimento ilumina a realidade de sentido.
Com esse
trabalho, os educandos se sentiram mais responsáveis e incluídos no processo de
ensino e no meio social. Diante desse contexto, citamos como exemplo o educando
Leandro Sampaio Ribeiro de 16 anos, aluno da 1°ano do 2° segmento do CEJA Antonio
Casagrande.
Aluno este que
esteve sob as responsabilidades da casa do adolescente em Tangará da Serra- MT.
Este educando, motivado pela proposta do projeto e por seu professor Altair
Ribeiro de Oliveira, resolveu cultivar uma pequena horta em sua residência.
O mesmo
comenta que:
“O projeto
Horta pedagógica da Escola CEJA Antonio Casagrande me despertou o interesse no
plantio de algumas hortaliças na casa do adolescente, onde eu residia. Esta
pequena horta que cultivei, contribuiu para o enriquecimento alimentar na casa
do adolescente. Agora, retornando a casa de meus pais, pretendo plantar as
hortaliças no quintal da minha casa, onde posso ter acesso a verduras e legumes
de minha própria produção”.
“Horta se parece com
filho. Vai acontecendo aos poucos, a gente vai se alegrando a cada momento,
cada momento é hora de colheita. Tanto o filho quanto a horta nascem de
semeaduras. Semente, sêmen: a coisinha é colocada dentro, seja da mãe/mulher,
seja da mãe/terra, e a gente fica esperando, pra ver se o milagre ocorreu, se a
vida aconteceu. E quando germina - seja criança, seja planta - é uma sensação
de euforia, de fertilidade, de vitalidade. Tenho vida dentro de mim! E a gente
se sente um semideus, pelo poder de gerar, pela capacidade de despertar o cio
da terra.” (ALVES, 1995)
O trabalho pedagógico orienta-se pela
adoção dos princípios da sustentabilidade, desde sua origem, em 1995, como pólo
irradiador de práticas de educação ambiental.
Do ponto de vista pedagógico, as ações
educativas têm por base a adoção de princípios, curricular, possibilita ao
educando conhecimentos teórico e prático fundamentais para a interação com o
seu meio de forma lúdica e prática bem como favorece ao professor tecer teias
curriculares no fazer pedagógico, subsidiando o entrelaçar das áreas do
conhecimento em como fortificar o elo escola e comunidade.
O projeto objetiva oportunizar a construção
do conhecimento articulando currículo formal e educação ambiental, contribuindo
assim para a reeducação alimentar.
São realizadas atividades como: construção
da horta com o auxílio dos educandos e educadores, criando um novo espaço de
ensino por meio das oficinas pedagógicas oferecidas no CEJA Antonio Casagrande
explorando as oficinas para efetivar essa prática. Essas atividades são amplamente
discutidas em sala de aula através de debates e articulação de discussões dos
conteúdos curriculares.
As práticas educativas realizadas na horta
do conhecimento da Escola Bosque são constitutivas de uma nova racionalidade
para as ações de educação ambiental, superando antigas e cristalizadas
concepções de separação entre teoria e prática bem como visões
ecológico-preservacionistas de educação ambiental, que insistem em apresentá-la
como unicamente vinculada a uma lógica naturalista desprovida de preocupações
com outros aspectos da vida humana.
ALVES, Rubens. O quarto do mistério. Campinas: Editora Papirus, 1995.
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