João Negão |
A Câmara de Vereadores de Brasnorte apresentou na sessão ordinária
desta segunda-feira Moção de Repúdio contra o radialista João Batista Neri de
Almeida, o ex-vereador João Negão de Tangará da Serra. A Moção foi aprovada por
unanimidade pelo Plenário de Deliberações da Casa de Leis.
Na justificativa, os vereadores acusam João Negão de constantes declarações
sarcásticas, infundadas e depreciativas à imagem do Poder Legislativo, em
especial de seus vereadores em uma emissora de rádio local.
Consta ainda na justificativa: “Conforme é conhecimento de toda
sociedade brasnortense em especial dos ouvintes da emissora supramencionada, o
ora repudiado por diversas vezes veiculou em seu programa comentários
tendenciosas com vistas a macular a imagem do Poder Legislativo Municipal
perante a opinião pública, seja distorcendo os fatos no que tange a atuação parlamentar
interna e externa dos vereadores ou tecendo inverdades acerca do ocorrido nas
sessões legislativas, a ponto de criar inclusive, nítido desconforto entre os
edis, a exemplo da antecipação a seu livre arbítrio do resultado da eleição da
Mesa Diretora para o Biênio 2015/2016, a qual diga-se de passagem, se quer
ocorreu”.
Na tribuna o presidente da Casa de Leis, Pedro Coelho (PT)
desabafou que há mais de um ano – período em que o ex-vereador se mudou para
Brasnorte – seu foco esteve voltado para o ‘apedrejamento’ e perseguição dos
vereadores. “Como se tivéssemos concorrência com a rádio”, disse.
Pedro Coelho: Presidente da Câmara |
No seu pronunciamento ele ainda criticou o fato de João Negão ter
disparado constantemente críticas contra os vereadores, que não são
construtivas. “Na minha discussão, falei para o senhor João Negão, se tem
vontade de ser vereador... trabalhe, faça seu caminho, mas sem pisar na cabeça
de ninguém. O senhor não é inteligente? Trace seu caminho com sua
inteligência”, disse o presidente aconselhando que o radialista tente se
candidatar nas próximas eleições, tendo em vista que aumentará para 11, o
número de cadeiras na Casa de Leis. “Quem sabe o senhor seja um vereador, mas
no seu cantinho sem pisar na cabeça de ninguém. Por que o senhor quer massacrar
essa Casa de Leis? Será que o senhor é mais bonito que a gente ou mais
inteligente?”, indagou Pedro Paulo.
RELEMBRE O CASO OSCIP IDHEAS EM
TANGARÁ - Em 2011
quando ainda era vereador, João Negão (PMDB) foi denunciado por tráfico de
influência em Tangará da Serra, ao mesmo tempo em que era presidente da
Comissão Especial de Investigação (CEI) da Câmara de Vereadores que averiguava
denúncias de desvio de dinheiro público.
A informação foi repassada durante sessão convocada para apreciar
o pedido de perda dos mandatos do então prefeito Júlio César Ladeia (PR), o
vice José Jaconias (PT), os vereadores Genilson Kezomae (PR), Haroldo Lima
(DEM), Paulo Porfírio (PR) e Celso Ferreira (DEM).
Um dos trechos do relatório da Comissão Processante (CP) apontava
que a mulher de João Negão trabalhava de secretária do instituto Idheas, Oscip
que gerou prejuízos avaliados em R$ 6 milhões aos cofres do município.
A remuneração dela girava em torno de R$ 2,5 mil, valor
considerado acima da média para o cargo ocupado. (Com informações RD News)
0 Comentários