KARINE MIRANDA
Os caminhoneiros bloqueiam 10 pontos das BRs-163, 364 e 070, em Mato Grosso, em protesto pela
redução do ICMS do óleo diesel e pela exigência de elaboração de uma tabela
fixa para a cobrança do frete no Estado.
A manifestação, que completa sete dias nesta terça-feira (24),
bloqueava cinco pontos de interdição no Norte de Mato Grosso, mas ganhou mais
força nos municípios de Cuiabá, Diamantino (208 km a Médio-Norte da
Capital) e Sinop (500 km ao Norte),
nesta semana.
Em Cuiabá, o protesto é realizado na BR-163, Km 397 (Km 306 da
BR-364), em frente ao Posto Locatelli.
O bloqueio atinge também a BR-163 no Km 845, em Sinop, no Km 598
em Nova Mutum, o Km 686 em Lucas do Rio Verde e Km 746, em Sorriso.
Além destes locais, a interdição acontece no Km 203 da BR-364 (Km
122 da BR-163), em Rondonópolis, e os caminhoneiros fecharam os Km 588 e 614 da
BR 364, em Diamantino.
Já na BR-070, a interdição
acontece no Km 247 e 285, em Primavera do Leste.
Com exceção de Sinop, os trechos permaneceram fechados para o tráfego
e apenas caminhões perecíveis e carregados com carga viva, bem como os veículos
de passeio e transporte de passageiro, têm trânsito liberado.
No município, os caminhoneiros realizam o bloqueio das 8h às 11h,
sendo retomado das 13h e segue até às 18h, conforme realizado em alguns pontos,
desde o dia 18, no início do movimento.
De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que
acompanha a movimentação no local, os caminhoneiros estão fornecendo água para
os demais condutores que estão parados e não têm condições.
Já os empresários do ramo estão colaborando com dinheiro para
custear as marmitas para os manifestantes.
Conforme o superintendente da Polícia Rodoviária Federal em Mato
Grosso, Arthur Nogueira, o clima é de tranquilidade nos trechos da BR-163/364,
já que os manifestantes estão respeitando a passagem de veículos de passeio e
ambulâncias.
“As equipes da PRF, em conjunto com a concessionária que
administra a rodovia, estão organizando a trafegabilidade e fluidez dos automóveis,
dos ônibus e dos veículos de emergência. Permanecendo o movimento legítimo em
que os veículos de carga estão sendo encostados no acostamento ou em uma das
pistas no caso das duplicadas, no sentido de não atrapalhar totalmente o
direito de ir e vir do cidadão”, disse.
Exigências
Em Mato Grosso, os caminhoneiros exigem a redução de 17% para 12%
da alíquota do ICMS do óleo diesel, cuja pauta faz parte de um movimento
nacional de reivindicação.
No entanto, o governador Pedro Taques (PDT) garantiu que já
determinou que a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) realize um estudo
sobre a viabilidade da redução do imposto.
0 Comentários