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Deputados mato-grossenses estariam discutindo migrar para um novo partido político

Começa a ganhar força dentro da Assembleia Legislativa a possibilidade de se formar um novo bloco partidário que contaria com alguns nomes de peso que saíram chamuscados da eleição da mesa diretora que chegou a ter duas listas com 15 assinaturas, várias delas repetidas.

A novidade é que além do bloco de oposição, os deputados estariam discutindo migrar para um novo partido político e para não colocarem em risco seus mandatos, diante do entendimento da Justiça Eleitoral quanto à fidelidade partidária, estariam procurando uma nova sigla que estaria sendo criada para resguardarem suas situações e não terem seus mandatos reclamados.

Nesta condição estariam o Rede Sustentabilidade, que está em fase de criação e consolidação e é liderado pela ex-senadora e que disputou as últimas eleições presidenciais, Marina Silva e também a refundação do Partido Liberal – PL, que se fundiu ao Prona para criar o Partido da República, atual partido de Mauro Savi.

O PL estaria sendo criado pelo atual presidente nacional do PSD e ministro de Estado, Gilberto Kassab, que foi prefeito de São Paulo pelo DEM até criar o PSD, que hoje está na base de apoio da presidente Dilma Rousseff.


Em Mato Grosso, as conversas estariam passando pelo deputado Mauro Savi (PR) e que foi o mais votado nas urnas no último pleito com mais de 55 mil votos e que consolidaram pelo menos a eleição ou reeleição de outros dois dos cinco eleitos pelo partido em outubro passado. Sem os votos de Savi, a bancada do PR estaria reduzida a dois ou no máximo três deputados.

Outro descontente, que nos bastidores estaria sendo assediado para deixar o partido que preside em Mato Grosso, é Zeca Viana, do PDT, que acabou surpreendendo a quase totalidade dos 24 deputados pela sua firme posição em busca de uma chapa de consenso que não foi possível por causa da interferência política do Executivo na eleição da mesa diretora do Legislativo.

O que mais motivaria tanto Mauro Savi como Zeca Viana é o fato de seus partidos terem declarado apoio incondicional à pretensão de ambos na disputa da mesa diretora da Assembleia e depois ter migrado para outra proposta, a encaminhada pelo tucano Guilherme Maluf, que chegou a compor chapa com Savi e depois mudou de lado aderindo ao grupo que rompeu com o PR.

Savi deixou claro para o principal líder dos republicanos, o senador Blairo Maggi, a dificuldade de convivência dentro da sigla depois do rompimento de um acordo selado e tornado público. Tanto, que na sessão de eleição da mesa diretora deixou claro seu descontentamento e que diferente dos colegas de partido mão mudaria sua posição por imposição de ninguém (leia-se Pedro Taques).

Outro nome que estaria entre os descontentes, mas que resiste em deixar o PR, é Emanuel Pinheiro que marcou posição ao criticar as regras de escolha dos membros da mesa diretora e apresentar projeto de Resolução ao Regimento Interno, prevendo a eleição avulsa.


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