O governador Pedro Taques (PDT) se reuniu, na tarde desta sexta
(20), com representantes dos caminhoneiros que bloqueiam, há dois dias, quatro
trechos da BR-163 em Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Sorriso, Sinop e outros
municípios.
Para atender as reivindicações da categoria, o chefe do Executivo
determinou ao secretário de Fazenda, Paulo Brustolin, a criação de grupo de
trabalho, com a participação de representantes do Sindmat (Sindicato das
Empresas do Transporte de Cargas do Estado de Mato Grosso) e ATC (Associação
dos Transportadores de Cargas de Mato Grosso), para avaliar a redução da
alíquota de ICMS sobre o óleo diesel, de 17% para 12%, com objetivo de reduzir
o custo do frete. Não existe prazo para conclusão do estudo, mas os trabalhos
devem iniciar já na próxima segunda (23).
Os transportadores de cargas ainda reivindicam a proibição por
parte do governo estadual da comercialização de frete por parte das Tradings e
Agenciadores de Cargas com valores abaixo da lista de preços mínimos de fretes,
instituída pela Sefaz através da Portaria 244/2014, sob pena dos mesmos
perderem os seus incentivos fiscais junto ao Estado e terem suas respectivas
inscrições estaduais suspensas. Em âmbito nacional, ainda exigem a sanção da
presidente Dilma Rousseff (PT) sem vetos do Projeto de Lei nº 4246/2012, que
regulamenta a profissão de motoristas e disciplina a jornada de trabalho.
Após a reunião, Taques deixou o auditório Garcia Neto, no Palácio
Paiaguás, sem falar com os jornalistas que cobriam as negociações. Nenhum
representante do Executivo se manifestou oficialmente sobre a pauta de
reivindicações dos transportadores de cargas.
Já o presidente do Sindmat, Eleus Vieira de Amorim, declarou que o
governador sinalizou positivamente ao determinar a criação do grupo de
trabalho. Entretanto, admitiu que as reivindicações da categoria não deverão
ser atendidas em curto prazo. “Quero deixar claro que as manifestações são
independentes e não estão sendo conduzidas pelas entidades sindicais. O
movimento está crescendo e ganhando adesão em outros Estados. A mobilização vai
prosseguir até que sejamos atendidos”
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