Header Ads Widget


Após o arrocho de sangue frio, governo Taques começa a esquentar com obras

 
Com três meses de administração, Pedro Taques tem se revelado na prática um bom exemplo na vida pública. De dar orgulho a Mato Grosso e ao país, ao menos por enquanto. Foi assim no Senado. Está na mesma linha como chefe do Executivo. E bem na onda nacional que pede mudanças na condução da coisa pública. Com decisões duras e corajosas, planejamento e metas, já conseguiu romper alguns paradigmas. Algo nunca feito por um governador nos últimos 40 anos, de Garcia Neto para cá.
Montou o primeiro escalão com jovens técnicos, dando de ombros para as indicações políticas. Isso jamais havia acontecido. Aliás, o perfil dos últimos governadores foi  mais político do que técnico. E Taques só conseguiu se impor pela credibilidade. Houve choradeira silenciosa dos 13 partidos aliados. Mas logo enxugaram as lágrimas porque se deram conta de que não teriam espaço para fazer política dentro do Executivo.
A senha veio com os secretários em apuros para conseguir cumprir metas. Lideranças de olho em cargos recolheram-se. Esperam chances de participar do loteamento em postos de terceiro e quarto escalões. Restam poucos. Dentro da reforma administrativa, entraram no facão 1,5 mil dos cerca de 5 mil DAS da estrutura da máquina.
Veio devassa nas contas. O que se descobriu foi de arrepiar. Déficit orçamentário de quase R$ 1,7 bilhão deixado pela gestão Silval Barbosa para um governo que trabalha hoje com orçamento anual de R$ 13 bilhões. Além disso, mais R$ 8 bilhões de restos a pagar. São passivos e dívidas financiadas para obras da Copa, como VLT, e programas, como o MT Integrado. E 23% delas em dólar e sem a preocupação de fazer o hedge, proteção contra oscilações inesperadas nos preços.
José Medeiros
pedro taques analise
O governador Pedro Taques, no gabinete no Palácio Paiaguás, impõe controle extremo dos gastos públicos
Na reorganização da máquina, Taques se viu forçado a esticar o elástico para alcançar toda a engrenagem. Ainda está na fase de segurar receitas para ter caixa. Posterga investimentos. Sem esse combustível,  parte da máquina parou. A área de infraestrutura é a que mais sofre. Contratos e obras foram interrompidos em todo o Estado. Fornecedores ávidos por pagamento estão na fila. Uns quebraram.
O Palácio Paiaguás alega que, em nome da legalidade, precisa checar tudo antes de religar o botão da máquina. E que neste mês as máquinas na terra e no asfalto vão roncar. Aos poucos, o gigante adormecido chamado Estado vai acordando do pesadelo que foi a gestão passada.

Postar um comentário

0 Comentários