O discurso de Jair Bolsonaro foi forte: disse que o Brasil
se encontrava ameaçado pelo socialismo, atacou a corrupção que assolava o país
nos governos petistas, com elogio explícito a Sergio Moro, partiu para cima do
regime venezuelano, do Foro de São Paulo, da ação cubana na América do Sul e do
ambientalismo manipulado por uma visão colonialista.
O presidente afirmou que a Amazônia não está em chamas, ao
contrário do que diz a mídia internacional, e criticou a tentativa de tolher a
soberania brasileira na região. Atacou o cacique Raoni, dizendo que ele não é o
único representante dos povos indígenas, e leu uma carta assinada por
representantes de mais de 50 tribos que pediam desenvolvimento nas reservas e
legitimavam a índia Ysani Kalapalo, que integra a comitiva brasileira.
Bolsonaro também reforçou o compromisso do Brasil com o livre-comércio e o
respeito a acordos internacionais, que disse pretender multiplicar. Ele
defendeu a democracia de expressão e informação.
Na última parte, “terrivelmente evangélico”, criticou a
perseguição de caráter religioso e atacou transversalmente a chamada ideologia
de gênero.
Goste-se ou não, Bolsonaro finalmente fez um discurso de
estadista.
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