Por Dorjival Silva
O novo presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha, e a corregedora regional eleitoral, desembargadora Nilza Maria Pôssas de Carvalho, assumem a gestão do TRE com 29 processos em andamento para investigar fake news utilizadas com fins eleitorais. A posse dos desembargadores foi realizada na manhã desta terça-feira (27), de forma virtual.
As notícias falsas ou fake news utilizadas par denegrir a imagem de candidatos ou espalhar dúvidas até mesmo sobre a urna eletrônica foram um item presente nas eleições de 2018. Segundo Carlos Alberto, o Tribunal está preparado para lidar com esse tipo de situação, mas, precisa do apoio da população. As investigações em andamento foram abertas em 2020 e os desembargadores não deram detalhes sobre quais casos estão nessa lista.
"Aquilo que for possível de apurar nós vamos fazer. Até porque temos um histórico de disseminação de fake news através de agentes que querem tumultuar as eleições. Mas a melhor coisa que podemos ter é a ação da população, é a conscientização. Essa luta não é só da Justiça Eleitoral, essa luta tem que ser de todos", afirmou o presidente do TRE.
Segundo o desembargador, uma das questões enfrentadas pelo TRE está a cobrança pelo voto de papel, como ocorria na década de 1990. Carlos Alberto avalia que aceitar essa questão seria um "retrocesso" na Justiça Eleitoral brasileira.
"Os mais velhos sabem como era o voto de papel. A
fraude era a coisa mais comum, mais corriqueira. Todos sabiam dessa fraude, mas
ninguém fazia nada. Não tinha punição. Acho que a urna eletrônica não tem
volta, não podemos retroagir. Agora ter o voto impresso para ter auditoria é
uma outra questão, vamos ver a possibilidade", explicou.
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