Por Dorjival Silva
Um novo levantamento realizado pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) indica uma leve melhora em relação à falta de medicamentos para tratamento de pacientes da covid-19. E de acordo com o diretor-executivo da associação, Antônio Britto, o cenário se deve ao menor número de pacientes que estão internados.
“Vale destacar os esforços que estão sendo feitos por nossos hospitais, que seguem em uma busca incessante pela importação desses medicamentos. Ainda que o abastecimento esteja ocorrendo de forma muito a conta-gotas, a organização e o planejamento já mostram resultado”.
O “kit intubação” (anestésicos, sedativos e relaxantes musculares) ainda é o item mais crítico. Dos 65 hospitais que responderam à pesquisa, 18,5% seguem com estoque no alerta vermelho (com duração de até cinco dias), ante uma amostra de 31% na semana passada.
São 12 instituições localizadas nas cidades de São Paulo (SP), Atibaia (SP), Porto Alegre (RS), Cruz Alta (RS), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG), Ipatinga (MG), Uberlândia (MG), Juiz de Fora (MG), João Pessoa (PB) e Cuiabá (MT) que relatam estar em situação crítica.
O estoque desses hospitais é suficiente para cinco dias ou menos. No levantamento da semana passada, eram 22 hospitais nessa situação.
Sobre a falta de anestésicos, os números também sofreram uma leve melhora. A pesquisa atual mostrou que 9 hospitais ainda estão em fase crítica, com estoque inferior ou igual a 5 dias, contra 20 instituições na semana passada.
Eles estão localizados nas cidades de São Paulo (SP), Atibaia (SP), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG), Ipatinga (MG), Uberlândia (MG), João Pessoa (PB) e Cuiabá (MT).
A falta de ventiladores em quantidade adequada segue sendo um problema para 5 hospitais membros, ante as 10 instituições na semana passada. Os hospitais que se encontram em pior situação estão localizados nas cidades de São Paulo (SP), Belém (PA), Curitiba (PR), Cuiabá (MT) e Salvador (BA).
O material também mostra que a taxa de ocupação de leitos de UTI, destinados à pacientes com covid-19, é de 81,75% nos hospitais associados. Os números apontam uma leve melhora em relação ao cenário da semana anterior (85,14%).
A associação salienta que tem realizado levantamentos constantes entre os seus afiliados, visando identificar aqueles que apresentam cenários mais graves em relação à falta de insumos. Desta forma, consegue informar o Ministério da Saúde sobre o desabastecimento dos insumos e dar suporte aos seus membros, reforçando o objetivo de enfrentar a doença e salvar vidas. (Da Assessoria)
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