Por Dorjival Silva
Os ex-deputados estaduais Mauro Savi (foto acima) e Sérgio Ricardo foram denunciados pelo Ministério Público de Mato Grosso em duas investigações por suposto envolvimento em crimes na Assembleia Legislativa.
O órgão pede que eles respondam pela suposta participação em esquemas que teriam desviado R$ 16 milhões dos cofres públicos. As denúncias foram protocoladas no Tribunal de Justiça ao longo deste mês e trazem pedidos de bloqueio de bens.
Fraude a pregão eletrônico
Na primeira, do dia 17, os ex-parlamentares são citados como membros de uma organização de fraude a pregão eletrônico, em 2012. O certame executado com a empresa Editora de Guias Mato Grosso teria sido realizado para pagar despesas de um grupo de agentes públicos liderados pelo ex-governador Silval Barbosa.
A empresa teria emitido cinco notas fiscais, no intervalo de cinco dias, que somam R$ 1,3 milhão. No valor atualizado os serviços corresponderiam a R$ 4,5 milhões.
A fraude teria a participação do servidor público Luiz Márcio Pommot, também denunciado.
“Cada um deles, em suas diferentes funções, agiram cientes de que as adesões objetivavam o desvio de recursos públicos para pagamento de propina aos deputados estaduais nas suas mais variadas formas, como mensalinho, financiamento de companhas eleitorais, compra de votos para eleições da mesa diretora”, diz o MP.
Compras da Assembleia
Na segunda denúncia, do dia 20, a fraude investigada também teria acontecido por meio da adesão de empresas a processos de compra da Assembleia. Esse caso teria acontecido em 2011, com participação do empresário João Dorileo Leal, dono do jornal A Gazeta.
A empresa, com parque gráfico, teria emitido 18 notas fiscais, somando R$ 3,2 milhões, para serviços supostamente não-realizados.
As denúncias do Ministério Público partem de informações delatadas pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Geraldo Riva, em acordo de colaboração premiada. Segundo ele, o dinheiro foi desviado de duodécimos pagos pelo Executivo.
O outro lado
O Livre entrou ligou para os ex-deputados estaduais e o empresário João Dorileo Leal. A chamada por atendida até o momento somente por Sérgio Ricardo. Ele disse que prepara sua defesa e que o material contrato com as gráficas foi entregue à Assembleia Legislativa.
“Não tem como a Assembleia Legislativa sobreviver sem material gráfico. Com 24 deputados e milhares de funcionários, se não houver material gráfico a Assembleia fecha as portas. Esse assunto vai ser esclarecido em minha defesa e eu vou mostrar que não houve irregularidade”, pontuou. Do O Livre
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