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Advogado e empresários lideram esquema de diplomas falsos em MT; MP pede prisões

Operação Zircônia, Advogado e empresários lideram esquema de diplomas falsos em MT; MP pede prisões

 A organização criminosa que atuava na emissão de diplomas, históricos escolares e certificados de cursos falsificados sem autorização do Ministério da Educação (MEC) e foi desarticulada na Operação Zircônia, era dividida em cinco grupos com a participação direta de 15 pessoas. No topo, como parte do bloco de liderança estavam o advogado Demilton Péricles de Araújo, apontado como sócio-proprietário e diretor jurídico das instituições, a professora e empresária Maria Madalena Carniello Delgado, o empresário Victor Hugo Carniello Delgado que se apresentava como “reitor” das faculdades envolvidas no esquema e Clenilson Cássio da Silva, que se intitulava sócio-proprietário das empresas utilizadas na prática dos crimes.

As empresas utilizadas no esquema eram o Centro Universitário Poliensino Ltda ME, IEP Instituto Educacional Polieduca Brasil Ltda ME (Polieduca Brasil), VHER Cursos Educacionais Ltda EPP (MC Educacional). Para dar ares de legalidade e enganar estudantes que decidiam fazer algum curso ou especialização oferecida por eles, o grupo criminoso utilizava indevidamente o nome do Centro Universitário Internacional (Uninter), instituição de ensino com sede em Curitiba (PR).

Esses detalhes constam na decisão da juíza Ana Cristina da Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, que expediu os 19 mandados de busca e apreensão cumpridos pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) na manhã da última quinta-feira (27). Outra ordem judicial foi cumprida no estado de Minas Gerais.

O Gaeco representou pela preventiva dos investigados, mas a juíza Ana Cristina negou tal medida. Ela autorizou somente busca e apreensão e colocação de tornozeleira eletrônica em todos os alvos. “Ocorre que, analisando detidamente os autos, verifico que embora esteja presente a materialidade e indícios da autoria do s delitos, bem como a necessidade de salvaguardar a ordem pública e a devida investigação criminal de forma hígida, a prisão preventiva no caso em questão, deve ser imposta como ultima ratio, ou seja, quando outras medidas cautelares diversas não surtirem efeito”, justificou a magistrada.

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Os demais grupos eram o núcleo de assessoramento composto por Terezinha de Lourdes Carniello e Walter Gonçalves da Silva; a secretária de entrega ou assessoramento de documentos falsos onde atuavam Solange Silva Rodrigues Conceição e Ana Rita Viana Gomes. Na sequência vinha o setor de Captação de vítimas (estudantes/alunos) função desempenhada por Elizabeth Sousa Freitas Pajanoti, a Bethi, José Alves dos Reis Neto e Maria do Socorro Carneiro Geraldes dos Reis.

Por fim, tinha ainda o grupo de embaraço às investigações, cujos componentes auxiliavam na ocultação de provas. Nesse setor foram listados os seguintes nomes: Barbara Monique Araújo, Nagila Caroline Teixeira Araújo, Marcos Diego de Almeida Gonçalves e Gilberto Louzada de Matos.

Conforme os autos, o Gaeco “tomou conhecimento por meio de representação escrita, que um grupo articulado de pessoas, vem praticando, de forma reiterada, crimes de falsificação de documentos públicos, uso de documentos falsos e estelionato, utilizando -se do nome do Centro Universitário Internacional – Uninter”.

FRAUDE DESMASCARADA

Tudo começou em junho de 2019 após uma mulher que fez curso em uma das faculdades participantes do esquema ter sido aprovada num concurso em Cuiabá e chamada pela Secretaria Municipal de Educação para que comprovasse a autenticidade do diploma expedido.

Em pesquisa realizada ao banco de dados, a Uninter expediu declaração não validando o diploma, pois ela não havia expedido tais documentos.  Depois a Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá contatou novamente a Uninter dizendo que outra instituição, a Faculdade de Administração, Ciências, Educação e Letras (Facel) que emitiu declaração alegando que havia emitiu declaração dizendo que tinha encaminhado à Uninter para expedição do diploma. A declaração emitida para a mulher foi subscrita por Denilton Péricles Araújo, advogado e diretor Jurídico da Instituição Facel.

Consta na investigação que o certificado de conclusão de curso também foi subscrito por Maria do Rosário Zuff, diretora geral da Facel. Por sua vez, a Uninter respondeu a solicitação da Secretaria de Educação de Cuiabá ratificando a não autenticidade do diploma, afirmando a ausência de vínculo acadêmico da mulher que fora aprovada no concurso. Esse fato deu início à investigação que agora resultou no cumprimento dos mandados de busca e apreensão, bloqueio de bens e colocação de tornozeleira.  Os investigados também estão proibidos de manter contato entre si por qualquer meio e nem podem se ausentar de Cuiabá sem autorização judicial.

OUTRO LADO

Por meio de nota, a Uninter informou que apresentou a notícia-crime às autoridades de Mato Grosso.

Veja a íntegra:

Sobre a Operação Zircônia, deflagrada nesta quinta-feira (27) e que resultou no desmantelamento de uma quadrilha que atuava na falsificação de diplomas de instituições de ensino superior, a Uninter esclarece que já tinha apresentado à autoridade competente notícia crime contra a falsificação de diplomas com a sua marca, adotando todas as ações jurídicas e institucionais necessárias para proteção de sua reputação e de seus alunos. A instituição reforça seu compromisso de oferecer educação de qualidade e segura para todos os seus alunos e de agir com firmeza contra aqueles que atuam para prejudicar a educação no Brasil.


FONTE: Folha Max


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