O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) responderá na Justiça por peculato, lavagem de dinheiro, tentativa de obstruir investigações e advocacia administrativa (quando um servidor público usa do cargo para defender interesses pessoais). O parlamentar já era investigado por suspeita de integrar um esquema de desvio de R$20 milhões em verbas destinadas ao combate à pandemia de covid-19 em Roraima e acabou indiciado pela Polícia Federal nesta terça (24/8).
O caso ganhou notoriedade pois, em uma batida da PF em Boa Vista (RR), na residência de Rodrigues, então vice-líder do governo Bolsonaro, agentes o flagraram tentando esconder dinheiro na cueca em outubro de 2020. O senador perdeu o cargo de líder do governo no Senado e pediu uma licença de 121 dias, mas voltou ao mandato em 18 de fevereiro.
À época, Rodrigues afirmou que o dinheiro apreendido na residência na capital de Roraima, aproximadamente R$ 18 mil, seria usado para pagar funcionários.. Em mais de uma ocasião, reiterou que era inocente e que o caso seria esclarecido. A polícia encaminhou o relatório final ao Supremo Tribunal Federal (STF). O relator do caso na Suprema Corte é o Ministro Roberto Barroso.
O senador se manifestou a respeito do indiciamento por meio de nota. “O indiciamento das partes é uma das etapas naturais de um inquérito. Por isso, sigo tranquilo e à disposição da Justiça para elucidar o que for necessário”, afirmou. “Acredito na qualidade das investigações desenvolvidas pela Polícia Federal, e apoio essa busca incessante da PF pelo real esclarecimento dos fatos que envolvem meu nome.”
No texto, Rodrigues afirma, ainda, que trabalhou com “com afinco” no combate à pandemia em seu estado. “Lamento profundamente a exposição indevida da minha imagem, que nunca sofreu nenhuma condenação, pena ou qualquer sentença. Reafirmo: confio no trabalho da Polícia Federal e da Justiça, e sigo à disposição para qualquer esclarecimento. Que os fatos sejam logo aclarados”, encerra o texto.
R7
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