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Blairo "apunhala" Dilma e foge, mas deixa digital como um dos culpados pela gestão

 
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Senador e empresário Blairo Maggi (PR) se mostrou afinado com os governos Lula e Dilma e, agora, que o...
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...barco está afundando, quer se distanciar do governo, eximindo-se de culpa e nem aí para pecha de traidor
Blairo Maggi tem toda razão quando, em entrevista ao Estadão no último domingo (5), dispara críticas ao governo da presidente Dilma. Recorre à frase “Brasil indo ladeira abaixo” para deixar sua impressão do quanto ruim está e ainda pode piorar a economia e do quanto é delicada a situação política de Dilma. Deu sinal de que deseja romper politicamente. Não quer mais saber do petismo. Apesar da tentativa de desapego, já está carimbado como governista da cozinha do Planalto. E é um dos culpados pelo rumo incerto que tomou o país.
É certo que o senador e empresário precisa mostrar para o meio político e para o mercado que tem autonomia e o direito de dizer o que pensa. Mas agiu como traidor. Como alguém que, bastou ver os negócios privados serem afetados pela crise, para reagir. Soltou a voz como milhões de brasileiros, que estão indo às ruas protestar não só contra a corrupção, mas também porque mexeram nos seus bolsos.
Foi de onde a presidente não esperava que veio a conspiração. Dilma tinha Blairo na cota dos “mais chegados” desde o início do primeiro mandato. Aliás, a ligação era tão forte que o senador, em nome do seu conglomerado de empresas do Grupo Amaggi, deu boa contribuição financeira à campanha de Dilma. Já o tinha feito também para Lula. E recebeu mais de três convites, em períodos diferentes, para se tornar ministro. O interesse privado não o permitiu. Poderia haver conflitos.
Não é de hoje que Blairo mistura o público com o privado. É senador, mas age pensando no sucesso de seus negócios. Depois de usufruir das banesses do governo petista por praticamente 12 anos, o senador mato-grossense quer pular de barco. Nunca foi simpático ao petismo. Estava ali, rodeando o Palácio do Planalto, pela conveniência. 
Blairo é um tucano disfarçado. Na campanha do ano passado, quando percebeu que Dilma estava em apuros, sob risco de perder a reeleição para Aécio, o senador do PR desapareceu da cena política. Antes, chegou a defender a reeleição da petista. Ficou na retaguarda. Acredita-se, contraditoriamente, torcia para Aécio. Como agora a presidente se vê acuada, com a economia arruinada e a popularidade no chão, Blairo decidiu sair de fininho em busca de abrigo confortável.

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