O
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra acaba de bloquear a BR-163, no Km
943, próximo a Itaúba (90 km de Sinop). A BR-070, em Cáceres, e a MT-158, em
Tangará da Serra, também foram interditadas. De acordo com um dos coordenadores
estaduais do movimento, José Vieira, não estão previstos intervalos. “A nossa
intenção é permanecer. Entretanto, nada impede que a gente avalie a
possibilidade de liberar a pista por algum tempo durante o dia. Isso ainda será
discutido”, afirmou.
Apenas
ambulâncias estão passando. Há filas de caminhões e carros nas três rodovias. A
Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanha a ação e confirmou que já foi
iniciado o diálogo com os manifestantes. O MST reivindica, segundo José Vieira,
o cumprimento do acordo feito com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (Incra) durante as manifestações no mês passado. “Tivemos uma audiência
no dia 25 e eles não cumpriram nada do combinado. As famílias decidiram ocupar
as rodovias para ver se avança a pauta”, explicou.
Entre as
cobranças estão vistorias de 12 fazendas para assentamentos em 8 municípios,
incluindo Cláudia e Nova Santa Helena (Nortão), emissão de pareceres e
vistorias em mais 5 fazendas, perícia judicial em 3 propriedades, topografia em
quatro assentamentos, cadastro de famílias, homologação e créditos de apoio
inicial dos assentamentos Keno, Olga Benário, Novo Renascer, 12 de outubro,
Nova Conquista, Sílvio Rodrigues e Egídio Brunetto, retirada dos invasores do
assentamento Terra de Viver, em Cláudia e liberação de 2,5 mil cestas básicas
para os assentados.
Os
manifestantes também reivindicam a conclusão das obras nos assentamentos Keno,
Olga Benário, Novo Renascer e Terra de Viver, que foram iniciadas em 2013 e,
segundo eles, estão “se arrastando até este momento”.
No
Projeto de Assentamento Mártires do Carajás é cobrada a construção de uma ponte
e um poço artesiano para atender as famílias e a agroindústria, que foram
“pautados há mais de seis anos e são um descaso desse órgão”. A abertura e
asfaltamento de estradas, além das ligações do programa “Luz para Todos” do
governo federal, também estão na pauta de reivindicações. Com Só Notícias
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